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qualquer
objeto senil ou símbolo pro meu sexo
eu
posso amar altruísta da áustria ou paraíba
naturalizado
ou odiá-lo sem ônus pro meu omniego
se
me faz ou não afeto afim ou não afina
mas
amo apenas a mim já antes de ser gente
e
de contínuo sem método nem meditar em medina
nem
um momento me odiei nem odiarei obsequente
pra
mim eu sou o amor ágape ardente e sapiente
os
mais da disposição de dado e data dependem
destarte
não me digais meu dever pra ser freguês
ou
precisão pra pagar o país da minha herança
nem
mesmo o que feliz me faria me faleis
as
minhas necessidades e a nobreza pras nuances
que
me obrigam a não me obrigar a ordenanças
eu
mesmo é que me faço filólogo freelance
a
mim mesmo no ultraísmo de ultraje ao humanitário
eu
sou a minha obra pra abrir além vosso alcance
a
cada dia um oba outra vez sou o horário
eu
pra eternidade a espremer o cosmo
a
minha obra esticando epigramas e epitáfios
escrevo
de alva curva em carvoento corvo
porque
no mais extremo a estremecer de esquésito
possuo
o dom dialético de me distrair neo de novo
cas abstrações do
absoluto e os átonos concretos
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