sábado, 4 de outubro de 2014

355

qualquer objeto senil ou símbolo pro meu sexo
eu posso amar altruísta da áustria ou paraíba 
naturalizado ou odiá-lo sem ônus pro meu omniego
se me faz ou não afeto afim ou não afina
mas amo apenas a mim já antes de ser gente 
e de contínuo sem método nem meditar em medina  
nem um momento me odiei nem odiarei obsequente
pra mim eu sou o amor ágape ardente e sapiente 
os mais da disposição de dado e data dependem
destarte não me digais meu dever pra ser freguês
ou precisão pra pagar o país da minha herança
nem mesmo o que feliz me faria me faleis
as minhas necessidades e a nobreza pras nuances  
que me obrigam a não me obrigar a ordenanças 
eu mesmo é que me faço filólogo freelance
a mim mesmo no ultraísmo de ultraje ao humanitário
eu sou a minha obra pra abrir além vosso alcance
a cada dia um oba outra vez sou o horário
eu pra eternidade a espremer o cosmo
a minha obra esticando epigramas e epitáfios
escrevo de alva curva em carvoento corvo
porque no mais extremo a estremecer de esquésito
possuo o dom dialético de me distrair neo de novo
cas abstrações do absoluto e os átonos concretos  

Nenhum comentário:

Postar um comentário