quinta-feira, 2 de outubro de 2014

171

os números resolvem com raiz que não rebola
apenas do antebraço ao aperto manual e ao índice 
os problemas objetivos sem ousar à outra orla
e dez dígitos somente por serem muito simples
conquistaram o cosmo no cotidiano apoucado
numa só matemática sem melos com metodice  
mas meus óculos de cálculo se quedaram quebrados
da garganta à língua aos lábios e às letras
e na lauda à coragem me coagem num quadrado
de magia pra manusear minhamira algébrica
ao holográfico olho de hórus geometra  
no pouquinho ou muitíssimo de matéria em métrica 
da realidade vazia nas vastidões do violeta
ou nos vestíbulos íntimos do invisível ínclito
dividida por dentro em dozenas de suspeitas
pra eu não precisar parar o poético grito
às mentes modestiadas que não miram sua vendeta
e pra conseguir o quisto bem concentrado fito
os pontos dum infinito mais que o inexistente índio    
na miragem mas menor que a monera de trás
dos olhos instrumento pra inverter a inteligível
o monumento mentado na mesopotâmia inda  
e rebaixá-lo com regras a rudes numerais
pra conseguir cumpri-lo por cá em minha língua  

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