quinta-feira, 2 de outubro de 2014

170

sou quem não se diz nome poisninguém me nomeia
e astutamente na areia o anoto ou o gravo
na garganta e os graves na gruta nem ideia                                                 
não me sou tão igual como as iscas pra ignavos                                    
de el pra alá quão avesso do al saindo da aldeia
no verbo venenoso contra os vis escravos
mas esta loucura tem que ter até sem tato
nem que seja sentido de sujo pro esgoto                                                    
caos como o que queira sem causa é um nó tático
nas mãos dum matemático de melindroso gosto                                      
sem um plano piloto de pouso no abstrato
nomes não me nomeiam nem números meu rosto
o número apenas é o que está escrito
um apelido sequer nem centímetro do ser
mas as palavras sem provas pros problemas subjetivos
certa satisfação em sagrações nos trazem
mais que letras espíritos a esconder o espírito 
cada uma incendeia incontáveis imagens
do que talvez sejamos dos sonhos das semideusas 
então nomeio o visto e o que vier sem visagem
o torno sim pra nomeá-lo com meu nome natureza
em sílabas sonantes de substantivo próprio
sem avareza adjetivo o aceso e o que pesa
o apagado e a alma que só alcanço a ópio  

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