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sou
quem não se diz nome poisninguém me nomeia
e
astutamente na areia o anoto ou o gravo
na
garganta e os graves na gruta nem ideia
não
me sou tão igual como as iscas pra ignavos
de
el pra alá quão avesso do al saindo da aldeia
no
verbo venenoso contra os vis escravos
mas
esta loucura tem que ter até sem tato
nem
que seja sentido de sujo pro esgoto
caos
como o que queira sem causa é um nó tático
nas
mãos dum matemático de melindroso gosto
sem
um plano piloto de pouso no abstrato
nomes
não me nomeiam nem números meu rosto
o
número apenas é o que está escrito
um
apelido sequer nem centímetro do ser
mas
as palavras sem provas pros problemas subjetivos
certa
satisfação em sagrações nos trazem
mais
que letras espíritos a esconder o espírito
cada
uma incendeia incontáveis imagens
do
que talvez sejamos dos sonhos das semideusas
então
nomeio o visto e o que vier sem visagem
o
torno sim pra nomeá-lo com meu nome natureza
em
sílabas sonantes de substantivo próprio
sem
avareza adjetivo o aceso e o que pesa
o
apagado e a alma que só alcanço a ópio
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