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por
números meu poema não pode ser provado
universalmente
os uso pra unir numa saga
o
caos que se me caga na cabeça como um laudo
em
formas regulares pra relativizar rugas
de
instintos irregulares infindos no meu saldo
e
mais que os números reais do ruge-ruge em refuga
negativo-positivo
pra pagar a prestação
imaginários
pra eu ir mais ímpar e mais dentro
nem
com cálculo podeis com plena precisão
definir
meus movimentos medrados neste momento
pois
bulida no mar maior a mínima moção
pra
sair da paz antes que piscasse o pensamento
atrás
doutro à frente dos quais o fogo pra fala
e
todos do mesmo lado de lógica latendo
e
o simbólico gosto de minha grossa gala
a
vós sem meu paladar como posso provar
se
a ciência não mede nem na manhã matriarcado
se
a religião não cede tão cedo e não será
senão
na língua anteposto pra amplidão antepasto
na
língua sim podereis o meu poema provar
e
é doce ou cítrico é suave ou salgado
nas
diferenças dos gostos de guangzhou ou guizé
e
das milhares de línguas a de luso a mais linda
pra
tentar explicar o que é o que é
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