segunda-feira, 6 de outubro de 2014

390

por orgulho varonil de vaqueiro que viola 
o vácuo e vilipendia o vacum do sem luz faça 
eu fabrico fosfórico a fervilhante obra
e os dias pra perpetuidade no poético prumo
com o fim em si sem miasma por si mesma motivada
a autotélica ópera porém se a outrem oportuno
meu insueto não me incomoda mas instrumento não é
pra muitos a matéria em si mesma inteira
o sentido da vida da minha viga ao que vier 
na vingativa saga do sagrado sementeira
o sumo bem pra sega sem cessar de si fanático
de ser mal pras multidões na sua missão de beleza
a verdade sou eu ser-aqui só-aí quando prático
contudo nunca parado nem um pouco preocupado
com o desenvolvimento ou despeito demográfico 
do humano mais uma utopia coletivada
entanto com o meu único útil pra ultimatos
pois só eu sou meu estado e estudo pra de apátrida
manter o status sem pai um puta páreo da pérsia
nem mãe sei lá que vênus de vagina com vulto 
apartidário a partir das palavras peripécias 
pra qualquer lado de lá ou no lar pro meu lúdico
porque ateu dos homens em hotéis homiziados
e dos numes exilados embolso sem escrúpulos

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