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na
solidão saturna e soturna sem couto
a
langorosa luna com luxo no contexto
vem
me esquentar a estrelas por empréstimo louro
dos
préstimos solares e do sentido sexto
quer
ser cândida diana pro discernimento douto
em
marfínica folha sem fogo fotossintético
da
somatória das sete ou cem cores da mirada
de
sonhos salpicada por símbolos de negror
que
são o escuro que cura a cosmovisão cansada
de
luz ao ler entrelinhas no estético expresso
e
além disso carece de coração e cor
pra
ser paga poesia que preste algum verso
o
colorido é forma e fertilizante fôrma
mas
o escuro e o claro são o conteúdo quântico
o
tema dos titãs em tragicomédias longas
e
a teimosia mosaica dos momentos matemáticos
pois
é mister megatons da mestiçagem de tudo
e
da neurose do nada um naco unitário
pra
encontrar em êxtase o eloquente canoro
mas
é o preto mormente o mistério mais manteúdo
que
secular suprime tal cemitério católico
até
os vultos vistos por vidros telescópicos
os
contumazes matizes de meta-motes malucos
e
os tonos satânicos dos salmos semióticos
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