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mefistofélica
fera pra festa ao fígado faço
o
não manifestado se diz melhor e mata
à
ciência um falcão com a fome dum fausto
da
garganta o sim como símbolo salta
digo
tal se a mim mesmo ele mente e quer
o
olho horoscópico pra observar o que falta
do
demônio que diz por mim deixo qualquer
dos
oragos ou lhes ouço obediente os temas
e
escrevo com sim senão não é meu ser
deus
já quase por fora no fogo dos fonemas
me
esfrio porque a lauda a letra vinda lava
não
suporta e ao lingote levo a lima pros lemas
e
vou vitruviando o voo que me destrava
nas
asas abertas cavas sobre a amplidão sem biombo
e
vou viabilizando a vontade que desbrava
com
a língua dos anjos apolíneos ao assombro
no
silêncio preciso pra pressurizar meu penso
sem
queda conservando o cósmico oblongo
em
consonância silábica com meu seiscentino senso
pra
não vos ser somente o satânico estrondo
da
dionísia desordem meu dom gênio talento
a
arte das palavras que protegem das provas
da
ciência mecanicista os mistérios de macondo
mitos
insubstituíveis da história que se inova
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