quinta-feira, 2 de outubro de 2014

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pra tanto alongo poemas em paralela poesia
aos aedos do porvir e poetas protogonos
apenas o presente é pouca parusia  
pro muito que sou louco e me largo ao longo
e o tema primeiro pro meu poema primo
por fábula dito e feito por falanges sem gongo
eu deito no feérico e o firmamento fito
pelo lado dos maiores e entre meios medito
porém jamais descanso e sem dígitos digito
ao fausto se mancomuna o meu mentor mefisto
sem atraso alcança com sua ambição o leito
onde em ondas rimo e no seu régio rito
maiúsculos são os mitos o mais maneiro jeito
co qual onívoro oprimo o opíparo peito
de aço pra se subir ao cimo do sujeito
a letra e o som o sentido e a sandice destes
a ode desregrada dos deuses dançantes desce
a cada hora horizontes em óbito ao leste
e o vértice cresce em cristalinas cascatas
de imagens como se inda invisíveis as sinta
o meu rafeiro faro tão fácil é a fala
de místicas mensagens que o mais difícil nela
não raro vislumbrada numa vertigem vasta
é o paro e parto no princípio da treva 

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