quinta-feira, 2 de outubro de 2014

151

não há acerto maior que mentalizar um mito
me expando em espanto ante as esferas cíclicas
contra quem se expande em estáticos espíritos
apenas na frialdade de fanáticas frígidas
ou me extasio no espírito entrementes sem medo
a mãe gira sob mim a movimentar-se mística
pra esquerda atrás do alvissareiro albedo
ou à sombra cintilante do sol alucinante
sem rádio ao meu redor arodarsou eu mesmo
mais veloz que qualquer som por cérebro sonhado
e sessenta e seis vezes por segundo do incrível
mais rápido à roda do eu ao meu redor nado
ovoidemente inócuo e inclinado ao impossível
invés dos senis círculos das superstições do eter
nas modernas elipses do enorme e do exíguo 
no meu grande movimento de em matéria me meter
no calor do meu momento de mudança de método 
na quentura modelável da maciez da mulher
ou são meus eus a rodar ao meu redor com rádio
na mesma temporada dum tempo trigonométrico
sem saberem se sou sol pois todos em sítios vários
e a razão não se assenta em alguma alternativa
em espaço nenhum da natura quase nego 
em errado momento que a meta mentaliza

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