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eu
me peguei possesso de processos pro tempore
e
protesto que a possante e possessiva hora
dum
passado não partiu pra que partida ancore
num
porvir dos defeitos dos deuses desgrenhados
pois
retalhos da réstia do ragnarok sem aurora
provindos
deste cá de caras e caralhos
pois
às pilhas têm pecados os perfeitos numanos
de
eu lhos pôr ao me opor ao seu obeso mau-olhado
em
literário pleito de périplos pessoanos
como
nos lobos lepra pra lentas conexões
cousas
de consequência e causa feiosas feições
que
seu fado a todos ímpios e hipócritas impõem
mas
a hora passa posto que passamos à pinda
e
a fatal passagem sem passaporte pro porto
é
a hora imposta por impostura do indra
que
nem com amor e paz de não nos preterir passa
no
paço luciferino da nossa lembrança lassa
e
penso em pesadelos com perda na lembrança
que
tudo é jazido pra já e jamais se jeita
porque
todo o presente não perdura um piscar
e
o vindouro não vem pela vida inteira
mas
mesmo com infecções das inundações de iansã
havemos
que arquitetar de agora pra não findar
a
ofuscante opus do ontem de amanhã
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