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o
destino não detém nem minha data de nato
e
a de morto manterá na memória de eu ter sido
deslembrar
uma data ou duas vivo quando mato
nos
avulta acima da ampulheta de outrora
amiúde
as atadas que nos aludem o íntimo
nos
conduz sem cuidar das condutas de agora
pois
a métrica ideia de inanimados ícones
anacrônica
e crônica de casebres a castelos
de
que o tempo passa em partes de patológicos tiques
é
só nossa pro bem de bebês e bossas vós
mas
passamos por ele em endemia sem elo
e
alados pro harém do além não passamos nós
do
que se fez com força ou se faça sem estresse
mas
o tempo impassível e impossível sem isso
quando
não mais podemos de pronto permanece
por
nós e ninguém sente ou sabe de sensato
porque
não há quem surja pra somar os segundos
até
que chronos acabe com o aquém dos astros
mas
em melopeias galantes sem galopantes galápagos
serão
manufaturados mais montagens de mundos
sem
as litanias tediosas dos teatrólogos togados
porque
há algo antes de algum episódio
e
após um acontecido há algum barafundo
nas
arianas árias da afinação do ódio
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