sábado, 4 de outubro de 2014

343

é sempre na cabeça onde cabe a cabala
cabidela de cabul ou quibe de cabedelo
e se vai encontrar por escondido na escala
da estética toda de tattoo e de tótemes   
o melhor desses êxitos e êxodos pro elo
a serem repassados em réprobos e repórteres
ao futuro filmado em fita cassete a quatro
de quem somos padrastos após mais prenda que perda
é onde morre até o marrento mulato
que também ressuscita nas rezas do seu reduto
após três dias de sol baixo pela bruma barrenta
e move a pedra com peso porém pena sem luto
da sombra que não segura nem seixos a se bater 
imagina o pirotécnico a própria pedra propícia
pra transmutação e a serpe do saber sem sapé
ou sapo com fogo antes do árido abril me abriu
as portas pras pluviosas percepções das delícias
e lá fui eu pra dentro tal um dervixe diabril
do mundo o logos ligado ao locus e ao lendário
das liquidações turvas pra cá me tornei tornado
iluminado em ondas sem onde ou horário 
antônimo autônomo e autocrata do desdém 
também sou uma sombra de simbólicos parnasos
do passado saudoso pro salto ao século cem    

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