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por
que duro de pedra polida à poética
meu
coração cavado por consistente erosão
é
de carne macia como a maçã métrica
do
primeiro dia ca plena possível gravitação
mas
em palavra lida neste lugar de ludo
assim
me impulsa cérebro meu saudável sultão
rosa
de nunca sombra de cigarro ou susto
que
até a merda rubra de remédios retinta
do
coração sempre pulsa sem preocupação com pulsos
a
matéria incolor igual em ianques e incas
ao
invés me faz um deus doido por derrames de tinta
e
sentidos desregrados com minhas dadas distintas
e
as mãos não lavo pra livre dos legisladores ladros
e
legistas pro jeitinho do judicial que judia
eu
escrevo meus versos vira-latas virados
virais
quadros no varal da vizinha vaginal
não
mais virginal índia tal no início que se ia
porque
são o melhor da maravilha mental
que
corre do coração e queda no calhamaço
quando
muito escrevo pra eclipsar eclampsias
na
capitânia três quartos do coração em pedaços
com
meu cérebro ciumento dos seus sons perfumados
tudo
pra que eu tenha o totalitário aço
de
ser completo de casa ao congresso fechado
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