sábado, 4 de outubro de 2014

344

por que duro de pedra polida à poética
meu coração cavado por consistente erosão
é de carne macia como a maçã métrica
do primeiro dia ca plena possível gravitação
mas em palavra lida neste lugar de ludo
assim me impulsa cérebro meu saudável sultão
rosa de nunca sombra de cigarro ou susto
que até a merda rubra de remédios retinta
do coração sempre pulsa sem preocupação com pulsos
a matéria incolor igual em ianques e incas
ao invés me faz um deus doido por derrames de tinta
e sentidos desregrados com minhas dadas distintas
e as mãos não lavo pra livre dos legisladores ladros 
e legistas pro jeitinho do judicial que judia
eu escrevo meus versos vira-latas virados
virais quadros no varal da vizinha vaginal
não mais virginal índia tal no início que se ia
porque são o melhor da maravilha mental 
que corre do coração e queda no calhamaço
quando muito escrevo pra eclipsar eclampsias
na capitânia três quartos do coração em pedaços
com meu cérebro ciumento dos seus sons perfumados
tudo pra que eu tenha o totalitário aço
de ser completo de casa ao congresso fechado 

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