sábado, 4 de outubro de 2014

342

ponto final ou estrela existir é estar
aprisionado à roda de rizomas da robótica 
contudo ninguém sadio ou sádico pra sangrar
quer se libertar longe dos seus leucócitos prós 
dos prazeres que o fado ou das feridas que a foda
nos dão a cobrar caro a coisa já em nós
pra mim somente existem embora o espéculo
monetário e político predial e pontifício
dois tipos de mistérios mesmo os ministérios
que eu compre e não me vendo por vidradas verduras
os meus gozosos de grelos de gasolina ou guimbas  
pois gostosos sem gastar um glóbulo da alvura  
e os meus gloriosos indo no itinerário das índias
e nada está senão no espaço em expansão
acima de mim com mãos mediadoras pra míngua
mas a maioria muito abaixo se acha na abstração  
por multinacionais mata e morre por metas
sem saber que o ser é sina de si em impropriação 
tudo precisa estar sem extração de estatística
centrado em mim tal mulher ao macho que lhe meta 
é minha paranoia a pronoia é a pista
pro meu império solar e todo solo ao meu sismo
e luto com insetos incessante sem incenso
co resto pra reafirmar meu revelado egotismo

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