quarta-feira, 1 de outubro de 2014

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ante o suntuoso céu não vos sintais tacanhos
pois ele se estreita num espelho sem areia
duma poça sem posse onde um possesso ao banho
um liliputiano lago de lama quase sem foco
que o calor distorce num dia de derreter deias
são só signos do logos longe de mim sem lócus
desse clínico clima que clama por psicólogos
mas são o suficiente pra saber sem estudar
que elétricos existimos pela energia dos mortos
e não há o que retenha mais raios-roxos de rá
nem aventar-se-á até se advir da visão denúncia 
que um olho aberto pros alvados do altar
pois é o inferno de yaotzin e yenlowang a cegueira  
dum ciclope de seiscentas e sessenta e seis úncias 
e miríades de gigantes que jejuam da geladeira
se escondem num passado de pasmados pigmeus
mas não existe escolho que não se esbroe a maretas 
e é aziaga a aurora se acordo cedo e num céu
sem cirrus não é sério o sertanejo ocaso
e quase sempre o sol é meu céu verdadeiro
com singular semelhança de sonho ou pouco caso 
dele estar distante como o divino não
e diferença saudável de sentido sem seteiro  
de irialmente eu vê-lo e vivê-lo pela visão

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