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ante
o suntuoso céu não vos sintais tacanhos
pois
ele se estreita num espelho sem areia
duma
poça sem posse onde um possesso ao banho
um
liliputiano lago de lama quase sem foco
que
o calor distorce num dia de derreter deias
são
só signos do logos longe de mim sem lócus
desse
clínico clima que clama por psicólogos
mas
são o suficiente pra saber sem estudar
que
elétricos existimos pela energia dos mortos
e
não há o que retenha mais raios-roxos de rá
nem
aventar-se-á até se advir da visão denúncia
que
um olho aberto pros alvados do altar
pois
é o inferno de yaotzin e yenlowang a cegueira
dum
ciclope de seiscentas e sessenta e seis úncias
e
miríades de gigantes que jejuam da geladeira
se
escondem num passado de pasmados pigmeus
mas
não existe escolho que não se esbroe a maretas
e
é aziaga a aurora se acordo cedo e num céu
sem
cirrus não é sério o sertanejo ocaso
e
quase sempre o sol é meu céu verdadeiro
com
singular semelhança de sonho ou pouco caso
dele
estar distante como o divino não
e
diferença saudável de sentido sem seteiro
de
irialmente eu vê-lo e vivê-lo pela visão
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