30
palmeiras
da paraíba e palmares das boréades
um
manancial de marítimos mentares me expandem
pra
eu matar a mergulhos a monumental sede
de
não ter uma sede a me sugar o sangue
e
descansar a dúvida que se divide aturdida
no
oásis salobro de serpentes sobejante
do
deserto de sol-sal da solidão mais soída
que
diz em dicotomias e deduz em aporias
o
irreal é irracional e a inversão se valida
do
sólio e do seio da solidão duradoira
a
si mesmo se prende o poeta prodestinado
pra
se livrar com livros das legalistas moiras
que
ambicionam me amarrar com arame farpado
na
frágil fiadura do com fuso destino
mas
ao império anarquista e alvo aristocrático
a
solidão criadora é castelo sem castas
é
céu sem sumidade pro semideus ladino
e
solitário da silva em sua cela encefálica
o
poeta escreve e escava escaravelhos
da
turbulência da terra testificada em letra
pra
se proteger das provas do pentatêutico velho
que
ignora os símbolos que sombrejam a celesta
da
mole emoldurada nos espectrais espelhos
feitos
com a areia da arcaica ampulheta
Nenhum comentário:
Postar um comentário