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e
ninguém me agrada quando concentro no concerto
ninguém
me seduz nem sinto saudade da sereia
ninguém
vale nada nem com notícia dos meus netos
ninguém
me conduz nobre cavalheiro que campeia
e
aí um morra aos mecenas e aos magníficos médecis
eu
sou meu próprio médico moedeiro pro pé de meia
me
autovalorizo tão pra tanto com muitos testes
nas
casas de cambalacho e câmbio que visionário
me
não vendo nem me compra quem comigo compete
e
parto sem empréstimo de empreiteira pro êxodo
e
volto rico de riso sem um real que iluda
nem
paro de ser eu do esôfago ao esqueleto
sou
o começo desde a cuna cabeluda
e
o meio progredindo de punheta ao paracleto
de
cunete à curra pra cavar a rabuda
e
o fim sofisticando com sentimentos sujos
os
significados do sexo pra sempre a velha trepada
e
eu criação dando sustos no social seguro
de
mim mesmo pra nada de nagazáki ou nazca
que
não seja eu sem espéculo pro econômico expurgo
pois
só tem monta o mundo se à medula naja
se
incorpora o ponto principal do panorama
me
determino dia-a-dia meu próprio demiurgo
pra
eu não parar de pé em pó ao pindorama
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