terça-feira, 7 de outubro de 2014

466

e no momento exato qualquer espaço excitado
de eu ser completamente por minha custa sem cotos 
com seus castigos de castas por costume ou trabalho
mais ninguém até nua e nana neném são pouco
e eu um mundo pra mim minimizando os outros
e caos consequentemente cosmopolita de troco
me distraio e me divirto um destro divo comigo
rio das dragas alheias nas africanas areias
ou na norueguesa neve um nego igual a um sigo
em qualquer megalópole o mesmo magote micho 
de enchente a escassez e enxugo o choro da paz
ante meu precipício do perpétuo o princípio
o que eu sou é pra já gestáltico que jamais
me poderá ser roubado nos rankings raios x dos ricos
e o que não for eu nos exércitos de equais
pode ser descartado numa dança de dísticos
dos acontecimentos eu me acho acima
dentro em mim que também é testa e testículos
até dessa aqui maiorando a minha mão que mina  
do meu centro salpicado por todo o círculo infindo
e daqui pra fora finjo ser mais foda ainda 
soberano sem sopa a sobremesa primeiro
os entes todos estão a um estalo dos meus dedos
e sob os meus projetos de planeta em planisfério

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