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eu
não tenho precisão de parlar o precário
do
palavrório pra porcos em praga língua estranha
numa
babel de brutos e babuínos em sacrários
pra
ser santo ou satã nesta sensível lândia
e
emitir dos luzeiros linguísticos do lázio
por
luso abrasileirado a alentejana artimanha
que
é das oestes costas a cria caçula da peia
do
meu bisavô baco que bebum de todo lábio
da
boceta de pandora sem preço me presenteia
com
a palavra perfeita pro panteístico curinga
que
dá o ritmo da rábida e rápida epopeia
pra
eu não vir a morrer à mágoa ou à míngua
e
ser pro que vale a vida um viril asmodeus
pro
que paga a pena não ser padreco ocioso
e
sem vetados devotos ser doze vezes deus
um
irado iogue de íris aberta aos gozos
da
luz alaranjada da aura que amanheceu
a
passar sem pascer nos pastos religiosos
madrugadas
mediúnicas muitas embora o breu
em
claro e às claras do colombiano ovo
pra
hedônico eu escrever o evangelho ateu
e
em versos se ver ao vivo e não se crer
pra
eu obrar obscuridades e o orgástico novo
do
amanhã dos amantes do meu astuto saber
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