quarta-feira, 1 de outubro de 2014

18

eu não tenho precisão de parlar o precário
do palavrório pra porcos em praga língua estranha
numa babel de brutos e babuínos em sacrários
pra ser santo ou satã nesta sensível lândia
e emitir dos luzeiros linguísticos do lázio
por luso abrasileirado a alentejana artimanha               
que é das oestes costas a cria caçula da peia  
do meu bisavô baco que bebum de todo lábio
da boceta de pandora sem preço me presenteia
com a palavra perfeita pro panteístico curinga
que dá o ritmo da rábida e rápida epopeia
pra eu não vir a morrer à mágoa ou à míngua               
e ser pro que vale a vida um viril asmodeus
pro que paga a pena não ser padreco ocioso
e sem vetados devotos ser doze vezes deus
um irado iogue de íris aberta aos gozos
da luz alaranjada da aura que amanheceu 
a passar sem pascer nos pastos religiosos                      
madrugadas mediúnicas muitas embora o breu
em claro e às claras do colombiano ovo
pra hedônico eu escrever o evangelho ateu
e em versos se ver ao vivo e não se crer
pra eu obrar obscuridades e o orgástico novo
do amanhã dos amantes do meu astuto saber                

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