segunda-feira, 6 de outubro de 2014

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nada me estropia pois no meu espírito está
o paraíso que pólipos procuram por ali
com dois pés no solo sigo o meu sólio solar
desde que eu de novo por nervura nasci
da minha própria pele se porfirizou alá
interessa é o aqui apenas e sendo assim
nem um pouco me provoca palestino sem lar
se exporta ou importa a índia é uma ilhota  
se és grego ou turco pro meu truque te trollar 
ou bullyinar se chileno chi ou pé de chinelo
nem sucesso de cínico ou sínico a esticar
os olhos do ocidente me onera o prelo
ninguém consegue me extrair de mim exceto eu 
pra redigir rajs à récua e minha régua é pau
que dá em shakespeare e chico de chapéu
ou chapado em francesco e biu de fraque ou fal
a tudo ligado limbo e lebenswelt e não ligo
a nada me obrigo que obstrua o orquestral
e sopro onde quero e só quero corego
a mim que já me possuo e me presentear não podem
se me xingam de exu não me esfolam o ego
se me obliteram um órgão sem óbito não há bode
e melhor se me matarem que a moda dos cegos
pois não há aperreio se apenas vivo se fode 

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