52
a
matéria é vida e não há vivo um verso
sem
a material madre mesmo do onirismo
e
neste aceso acesso sem asfixiante incenso
da
insônia saído num sonho sucumbindo
finalmente
começo a crer desde o começo
que
não creio em mais nada e nego o niilismo
que
se não finda ou fende ou se fode mais cômico
pois
creio unicamente sem ufos nem unicórnios
na
interdependência iônica dos ícones atômicos
mitos
em mim contidos sem contrariar meu corpo
creditando
a crawl dum cação deicida
pois
crença antolhada em algoritmo amorfo
é
inexcelso excesso de esquizofrênica ermida
que
não sagra a saga nem santifica a paga
é
cármica carência de causa desconhecida
pois
cada convicção de conjunto ou junta
é
pajéico instinto de instância inferior
a
rodear rajá reeleito via renúncia
por
um monárquico deus que com devotos decretos
os
céus nos escurece do espírito pro exterior
porque
toda incerteza de individual intento
do
anárquico ateu sem atavismo reitor
aos
legais idiotismos é instinto insurreto
e
minas nos ilumina da intempérie pro interior
Nenhum comentário:
Postar um comentário