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eu
sou sem silhueta pra sacar todo enigma
me
conto a conhecer com mais caras que shiva
em
hermética escrita de efígie meio antígona
me
não é fácil saber nos signos santos e silva
mas
cá ao áurico arco-íris se alcança acesso
a
ranzinza resposta pro ruído em vossa gengiva
porque
em cada canto da cabeça ou do universo
só
existe no eu onde existe o meu palato
apenas
aqui o ato que artista me interesso
tem
gente sem gostar da guerra do gaiato
mas
pode perguntar com pavor de seu destino
pra
onde ir se não faz seu fado em seu fato
pois
não me intimido e hiperbola meu íntimo
em
palavras libertas de larva a libélula
se
espalha em bactérias pra bondoso e bandido
nenhum
divo de verdade por mais valioso o verso
pode
permanecer sem pérdidas intacto
sem
na viagem se perder do povo seu professo
dividido
me expando em escolas e estábulos
em
profusão de príncipes de purista a canastrão
e
sou mais e maior nas mentes dos ludibriados
que
qualquer mero número nas notas da nação
louco
a me seguir pro sombrio sublimado
eu
o nome mais nobre na nave à perdição
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