terça-feira, 7 de outubro de 2014

473

pro hétero exercitar os erros de senhor
é preciso ser orto com orgasmos de oito
a oitenta segundos por mais que seja suor
de oito a oitenta minutos de marteladas no magma 
o prazer lusco-fusco entre ligeiro e lento
e o frouxo não chega com sua chama que não chaga
de fósforo ao furibundo furacão sem contrato
a lugar nenhum futuro à nossa frente em frêmito
à espera de o pegarmos pelo pescoço pato
o passado não é ruim rasgando rios como ruas
nem bom com olimpíadas e orgias sem orçamento
só foi como se fodam as formalidades nuas 
e o futuro apenas vem com vantagens no voo
a partir de ontem homens ainda onomatopeicos 
que nos ombros o puseram sem perguntar nem ao pó
por mais que historiadores inventem historinhas 
pra eles mesmos mangarem marcou o que passou
e não há como escolhermos nossa espécie de espinha
e a especiaria fingir no frigir pelas frígidas
porque pra termos tato o que nos temperou
pra contar o que convém conosco já vem na íntegra  
de vero inovar é inserir iotas tenores 
no total e não mais bundas por baquetas batidas
e bocas pra boquetes ao bater dos tambores

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