sábado, 4 de outubro de 2014

297

ou aquilo ou isso ou isto é incerteiro
sou igual a mim mesmo e não me miro saída
pra outro e sempre sou o símile verdadeiro
não importa o que eu faça se finado ou filha
se prédio ou poema não há com precisão essencial
de outro existir se existo mas a escotilha da ilha
ao branco corvo abro quase comemorado
pra entrar na estrangeira existência surreal 
e assim será quando eu encontrar encantado
num desses dias chuvosos que me chamam à chama
meu único amigo pra me ameaçar a ação 
vociferando a verdade virtuose gautama
logo ali na esquina entre o eu e a exceção
o único que pode cum pote dum postero
à aliança do arco apontado ao coração
me alegrar numa ode orquestrada com obuzes
desidério em luta latina com lutero
porém os doze com dom pra disenteria de cruzes
serão com quem toparei na trilha pra treblinka
e onze me trairão e trarão como tabu 
meu escalpo e o eucariota escapará tal quem brinca
e não trairiam jamais com juras e jejuns 
mas tifões são maioria de malha e margarina
na corte do composto sem costureiro aos seus nus  

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