416
maldito
quem pratica o pátrio poder do mal
por
décadas decaídos da decência de nato
e
após dez mugidos por mágica maternal
de
arrependimento sem arrepio na alma
num
histriônico ritual rateado por ratos
se
diz justo bom e salvo e surdos dum trem não salva
bisonho
a seguir cegos como o sagaz saulo
ou
constantino cravando na cruz dos racionamentos
a
cultura conterrânea a não conseguir matá-los
os
vermes neste exemplo emparelha cos estranhos
e
lhes extrai o máximo menoscabando a si mesmo
mas
eu modelo a massa e não me mesclo aos humanos
de
utensílios ufanos e ainda no humo vermes
viscosos
embora as vestes de viscose ou seda
sem
olhos não obstante os óculos pra ver-me
vigiar-me
não pra atentar adiante e afora do texto
nem
pênis pra prodigar sem produção em série
mais
que certinhos insetos que não instam incestos
todavia
meus argumentos argutos sem auditório
são
pro homem alegre com a alma alugada
pro
juízo do réu realizado ao refeitório
pra
população sem juízo jogada ao sem jaula
pro
pança que não pensa nem na pose de cagada
e
após os arremates do seu abdome pospasta
Nenhum comentário:
Postar um comentário