segunda-feira, 6 de outubro de 2014

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maldito quem pratica o pátrio poder do mal
por décadas decaídos da decência de nato
e após dez mugidos por mágica maternal
de arrependimento sem arrepio na alma
num histriônico ritual rateado por ratos
se diz justo bom e salvo e surdos dum trem não salva
bisonho a seguir cegos como o sagaz saulo
ou constantino cravando na cruz dos racionamentos
a cultura conterrânea a não conseguir matá-los
os vermes neste exemplo emparelha cos estranhos
e lhes extrai o máximo menoscabando a si mesmo 
mas eu modelo a massa e não me mesclo aos humanos
de utensílios ufanos e ainda no humo vermes
viscosos embora as vestes de viscose ou seda  
sem olhos não obstante os óculos pra ver-me 
vigiar-me não pra atentar adiante e afora do texto
nem pênis pra prodigar sem produção em série
mais que certinhos insetos que não instam incestos
todavia meus argumentos argutos sem auditório
são pro homem alegre com a alma alugada
pro juízo do réu realizado ao refeitório
pra população sem juízo jogada ao sem jaula 
pro pança que não pensa nem na pose de cagada
e após os arremates do seu abdome pospasta  

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