sábado, 4 de outubro de 2014

332

a minha poesia de pose que não se presta à foto
é contagiante close sem um conto de réis
porém por mais que proféticas suas palavras de gosto
não chega ao contágio de carneirinho contábil 
duma fé em futura felicidade sem pés
de marginal militante ou militar oficiável   
a minha poesia a porradas de porre 
nas veias do velocímetro dá vida de além-cais
aos primeiros da terra e aos terceiros da torre
e não mata os primogênitos protegidos pelos pais
que sem saber não me leem por lentidão dos lentes
os hipnóticos enigmas da hestória que o herói faz     
mas incendiei os paquetes e profliguei as pontes
os dados estão lançados e limpíssimas as lentes
do meu ponto sem retorno reconto meu remonte 
e sem matar crianças as crio pra criminais cazzos
em metáforas farol pro feérico for-all  
pra eu falar em parábolas peregrinas no parnaso
do vem mas não vintém viajando sem chão
na ligeireza da luz longe dalgum perigo
e ainda assim assassino de anciões ciosos de sião
pro olimpo da terça ode do hodierno pro eterno
em honra ao holoceno em óbito comigo  
que supera a segunda ao suicídio do quaderno

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