sábado, 4 de outubro de 2014

333

eu quero meu kerigma por coros decorado
mas se uma sereia cede satisfaz mais que mil bagres 
pra minha edificação escrevo escolado
poesia é pra poucos e pra pouquíssimos sou
sem economia de espaço senão excesso de arte
orto e torto portento meu poema é prosopon
pra mim e musas gostosas e não galinhas só grade
meu épico enorme um espantoso bem bom
por fora até é silêncio mas se sacode em sinapses
o rugido do idioleto no interno intento
de suma ateológica de ateogonia do antiético
platônico afora e aristotélico adentro
aritmético joker mais que jogral geométrico
e orgasmo orgânico mais que olguismo mecânico  
esdrúxulo e erudito pro errático etos  
da ciência universal do uno sobre a humanada 
absurdamente complexo com seus cacos coordenados
subordinados ao vaso de vincadas e variadas
palavras linhas estrofes sem estratocracia entre
os membros do mosaico no mixador sinaxário
da vastidão de vocábulos pra vocação ingente
meu venoso monóbelos manobra in media res
não só desde o começo mas de contínuo ao cabo 
minha modelar massa não é média pra rês

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