sábado, 4 de outubro de 2014

369

quem nunca por um momento e prum mundo melhor
no mediterrâneo múltiplo na meditação última
em matar-se à metáfora marginal não pensou  
ou na real sob uma ponte sem pedir nem a putas
ou sobre calculando as consequências da queda
não quis viver pra sempre a sério até sem suruba
e se pôs em cruzadas de quipá ou na qaeda
e parou em passeatas por um preço ridículo 
porra vive ou morre por ti mesmo seu merda 
pois quem morrer por mim ministros ou menestréis
está morto sem dúvida não me defende um dístico
quem viver por mandarins ou mendigos na magrez
é morto não me salva nem sílabas com certeza 
e quem teme viver na sua voz sem validez 
não viverá pois mudo o modo da miudeza   
e quem não teme morrer e sem mulher vai ao mar
à vista até dos míopes que não manjam além mesa
trará ao seu terreiro mais terra e não morrerá
porém pleno não se vive nem o vírus no visconde
sem planos e precauções pra do planeta fora 
o foguete da maloca e não se morre nem monte
de azeitonas ou vênus sem o vivo sempre em voga 
e só não morre quem mata e a mosca tem fonte 
no cadáver e o califa cai no cuspe e se afoga

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