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a
razão apaixonada se acha sem apólices
pra
prender nem polícia pra proteger o ilícito
pois
sou eu a hipotecar institucionais hipóteses
e
acredito em mim sempre nem sinto o sumiço
do
leno proletariado que perdeu as suas posses
e
faço de mim a minha magna obra um viço
pro
museu que transcenda tiranos stálins ou tzares
pra
ser alguém na vida do verme da vulva à vinha
de
futuro além da morte pra manchar os setes mares
por
isso convencido sem convenção conversinha
que
sou de mim caba macho marcado pra matar
preciso
vencer os outros a oeste do ouro asinha
daqui
pro céu de estrela estrumada no estrondo
que
a sorte me ajude a ajax ajuizar
pois
meus feitos são meu fim e a fama é dos outros
meu
poema não é estribo e especula o existente
do
cotidiano coitado se cotando pras tribos
nem
dos bêbados becos e bairros bayeuxenses
embora
eu não esqueça os exuberantes buços
e
beiços dos verdes anos adorando ambundas
este
poema parte do passado absoluto
mas
apenas se agitando pra agigantar o justo
o
absurdo presente a possuir nas profundas
dum
tudo e ainda fichando o não fixado futuro
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