terça-feira, 7 de outubro de 2014

471

a razão apaixonada se acha sem apólices
pra prender nem polícia pra proteger o ilícito
pois sou eu a hipotecar institucionais hipóteses
e acredito em mim sempre nem sinto o sumiço
do leno proletariado que perdeu as suas posses
e faço de mim a minha magna obra um viço
pro museu que transcenda tiranos stálins ou tzares
pra ser alguém na vida do verme da vulva à vinha
de futuro além da morte pra manchar os setes mares
por isso convencido sem convenção conversinha
que sou de mim caba macho marcado pra matar
preciso vencer os outros a oeste do ouro asinha
daqui pro céu de estrela estrumada no estrondo
que a sorte me ajude a ajax ajuizar
pois meus feitos são meu fim e a fama é dos outros
meu poema não é estribo e especula o existente  
do cotidiano coitado se cotando pras tribos
nem dos bêbados becos e bairros bayeuxenses
embora eu não esqueça os exuberantes buços
e beiços dos verdes anos adorando ambundas
este poema parte do passado absoluto
mas apenas se agitando pra agigantar o justo 
o absurdo presente a possuir nas profundas
dum tudo e ainda fichando o não fixado futuro

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