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o
egoísmo é o exato e elementar pressuposto
a
grandíssima virtude se o vigário voz não tem
do
meu bem que é o bom e me bota disposto
porque
o mal é apenas aquilo em aquiles
contra
seu calcanhar com cruento acúmen do além
somente
vírus vícios se vocifera a bílis
é
o que não convém ao canto de conquista
ao
corpo que quer constância nos corpos em vaivém
o
resto é brincadeira pros bois com as suas bridas
pra
quem de bosta gosta em grutas cheias de gritos
de
desnecessárias dores pra domar seus temores
pra
quem as divinizam e as desejam seu destino
bem
e mal são o mesmo do macaco sorumbático
estão
em nós entremeados não no exterior das cores
deste
modo são celas com soldados a sondar-nos
da
mesma corpo-prisão se pensamos pesadelos
o
espírito é quem fica porque fibra que filtra
mais
que a ótica por vir e vai pra não mais vê-lo
o
estar logo se extingue no escotoma da vida
e
se preciso brigo com bilhões por meu bem
pelos
meus corredores da quase conhecida
tento
viver em sonhos de sagas e saltérios
pra
na vinda eu vencer e ver o século cem
sempre quase pois
sempre o supremo mistério
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