quinta-feira, 2 de outubro de 2014

207

o egoísmo é o exato e elementar pressuposto 
a grandíssima virtude se o vigário voz não tem
do meu bem que é o bom e me bota disposto
porque o mal é apenas aquilo em aquiles
contra seu calcanhar com cruento acúmen do além 
somente vírus vícios se vocifera a bílis
é o que não convém ao canto de conquista
ao corpo que quer constância nos corpos em vaivém
o resto é brincadeira pros bois com as suas bridas
pra quem de bosta gosta em grutas cheias de gritos
de desnecessárias dores pra domar seus temores
pra quem as divinizam e as desejam seu destino
bem e mal são o mesmo do macaco sorumbático
estão em nós entremeados não no exterior das cores
deste modo são celas com soldados a sondar-nos
da mesma corpo-prisão se pensamos pesadelos
o espírito é quem fica porque fibra que filtra
mais que a ótica por vir e vai pra não mais vê-lo
o estar logo se extingue no escotoma da vida
e se preciso brigo com bilhões por meu bem
pelos meus corredores da quase conhecida
tento viver em sonhos de sagas e saltérios
pra na vinda eu vencer e ver o século cem
sempre quase pois sempre o supremo mistério 

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