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a
morte a gozar gauderiamente gargalha
das
goradas rogatórias e rezas reacionárias
da
lentidão lobar do lêmure que fala
o
exício emancipa os seus escravos castos
pra
alçá-los a amos do amor e da paz
do
tempo porvindouro e patético sem patos
que
nunca mais trará nem em textos teatrais
o
que outrora foram nas formas fenomenais
dês
que surge a célula certeza dos mortais
pra
finados num sem fim de finitudes urgentes
e
não encerro dúvidas nem desdenhá-las devo
senão
simetricamente às certezas dos crentes
pois
não rimei em métrica menor e não morri
por
deuses ou demônios desníveis sem relevo
antes
de eu ser o sátiro que se soletra de mim
e
por pensar pluralmente pondero em falecimento
mas
sempre no presente é que posso partir
pois
há de evento ou invento de insânia ou intento
meios
a todo momento de eu morrer na bolha
do
destino doente ou deus menino violento
que
sem contar com colhão sem querer me escolha
pra
que eu o acolha numa ação de alento
de
santa tentação que me tire o tento
e
em cazumbi me converta aos contubérnios bentos
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