quinta-feira, 2 de outubro de 2014

162

o presente sem fé num futuro fixado
é o fiel da balança que barômetros não bamba
do tempo curvilíneo com covas pra cada cado
ou retilíneos de ponta a panto do possível
ao infinito cruel que só quer caminhar
perpetuamente equívoco em estado etílico
de mudança prum lar qualquer longínquo lugar
por nunca se encontrar sob estrangeira égide
no raciocínio lógico com ligas pra limitar
nas inequações em doido desequilíbrio débeis
dentro dum calcular que só quer constranger
desejando o tempo em túneis tábuas e teipes
mas do seu canto com carros de karma sem se mexer
o hoje nos persegue nas pistas do pensante
ou sem nem se encontrar nas estradas a ervecer 
em espaço algum que a astúcia alcance
e o passado essa ponte a presentear fins pra história
nos abandonou agora onde agir é o lance
contudo não é motivo pra miná-lo da memória
nem pra pingos de prata que parar não conseguimos 
porquanto o porvir com pressa já dá glórias
ao enérgico boom que bendirá a beleza
o impossível silêncio de susto ante o sismo
dos segundos senis que soará a natureza

Nenhum comentário:

Postar um comentário