quinta-feira, 2 de outubro de 2014

222

não há nada melhor no mundo da matéria
este pai destruidor com diabólica destra
que o excele exagero de execrar a inércia
quando a pasmaceira pras pessoas proposta
é geral sem gerar um germe pra inovar
e enxugando gelo a junta em jejum come bosta 
e não é o primeiro nem parará o penúltimo
dos melhores que acho na ânsia de acelerar
e no mundo da matéria esta mãe de construtos 
com calmo conhecimento se não conhece melhor
quando o turbilhão pra tragédia de tudo
é total do perduro sem pedra em pé só pó
que a simplicidade de saudar o sumido
o segundo das setenta e duas sacras deusagens 
numa nova idade sobre os idos de ílion
que eu encontrei hoje numa órfica orgia
o artístico auge da altíssima linguagem
e cada vez mais pretendo de propósito a poesia
pra não só produzir por poder de pensamento
a voltaica pra válvula mais veloz pro transistor
ainda mais e mais o microprocessamento
mas pra parar no papel o pensamento em cor
a poesia com poder de plural sentimento
pra retornar ao rápido nas resenhas do leitor 

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