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a
inspiração vai e vem vibrantemente
dum
taludento labor de luta labutante
pois
com platônicos mortos as musas nunca metem
não
gemem de jeriza ao jesuítico amante
e
da cortesã cúpida que me cobra a estadia
nem
mesmo a deus digo ao me despedir contente
em
defeito de demônio digo é ao capeta
pros
pronósticos tropos da trôpega teologia
que
dá uma de pura pro pênis do profeta
mas
a mangar de masdas e motejar de javés
não
lhe é mister meta nem mote de gaveta
só
a acertada arte dos arqueiros pajés
que
pra álmica ópera ocasião lhe oferta
e
assim sem abantesmas a assustar seus sisos
na
madrugada passada profetizou o poeta
sobre
o que não sabia da sacrossanta fuga
de
espanto escreveu de estudado improviso
não
ovino de osmose ouvindo sem conjectura
a
coleção sandia de sussurradas suratas
mas
com mais loucura e sonho que quando sabe cego
pois
à noite em perfeitos paradoxos perguntara
os
noturnos misteriosos e as mil maravilhas
os
mediterrâneos mares de miríades de pegos
do
oceano índigo das hiperbóreas ilhas
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