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a
buscar as burlescas e benditas certezas
a
profundeza profética do poeta indômito
atávico
avatar vê em asceta com reta
interminável
vida sem as valas de vômito
onde
só há um parvo que perecerá de pressa
escuta
um silêncio de cemitério sônico
onde
a onomatopeia dos ondeamentos secos
do
eco estridente das eólicas trombetas
do
trovador enérgico equivale ao estrépito
que
se equaliza e os dois ao que duvidar se deva
e
nas humanas mudanças desse modo medito
arteiro
de artures e artesão por evas
pois
não nego no mínimo mimético os mitos
e
no máximo memético vos mudo a verdade
dos
super sacrifícios dos subnutridos ritos
pois
verdades há muitas em material manobra
mas
espiritual nem uma útil pra humanidade
e
as ímpias incertezas a imortalizar-me a obra
com
palavras em papel são as pagadas dívidas
pela
morte certeira que sempre nos sussurra
e
a duvidosa voz da voltívola vida
que
não jogarei jamais mas sem jejum nem juras
a
convicção diminui e se dilata a dúvida
e
hoje sou só suspeitas das certezas mais duras
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