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penso
mais em fazer a façanha de força
que
em entender o que faço ou não fabrico um fólio
e
sei exatamente o exigido na escola
mas
somente na sazão e o melhor sempre escolho
pra
mim por mais ou menos que a maioria me foda
só
há uma vontade nos meus vários eus vaidosos
tudo
que faço e falo e finco e retiro
é
de e por mim próprio de pacto co que penso
testemunho
alheio não presto nem peço nem preciso
pois
de coração ao cúmulo sem companhia me prefiro
e
duramente digo as desgraças do berço
até
a cova e contra o criminoso atiro
estas
palavras pedras de preto no aceso
que
bem no juízo sob jugo de jogatinas miro
pra
estourar a escuta de quem está do avesso
pois
nada mais que os fatos falo sem fardo ou farda
pra
libertar os príncipes e percebo serem poucos
os
ouvidores sem fés em financeiras e fadas
os
sãos artisticamente de aritmética e algoritmo
a
destoar na diferença dos dígitos de seus cômputos
no
ritmo e cadência craniano-cardíacos
são
filhos os filiados da falácia e moucos
mas
de gritar não rouco e rimo que se rompam
as
correntes espectrais do eunuco escopo
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