quinta-feira, 2 de outubro de 2014

214

pelos ondes me pondo no pessach ou no prelo
estou só de passagem mas com pesada pegada
pois sou e permaneço um pound sequer peço
exclusivamente em mim a magnífica morada
nunca em mim mesmo da máscara o máximo
perco a bela viagem vendo as variegadas
parêmias e paisagens a pesar no imitátio
se num dia feio feneço ou fantasma me faço
pois se morre pra sempre sem sonhos sublimados
por bobagem de bufo ou blefe de palhaço
não há tragédia santa pra tão séria dormir cedo
e minhas trovas trevosas pois são tudo que passo
não têm prazo nem preço pra pagar serem rubedo
por elas vagarei pois viram tudo virado
pelo longo futuro não fixado num feudo
mas o prevejo ali no arco do amurado
já a me esperar com esmeril e esgar
cantarolando passo a pássaro co passado
no triste túnel escuro à esquerda do eu
onde em seu ocaso outra vez guerreio duro
com as humanas feras por fígados fariseus
na lôbrega arena dos atávicos apuros
pois todo turno torna com seu teatro sandeu
a inspirar quimeras que sem cordas eu curo

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