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o
povo porque parvo e poderoso tal besta
não
sabe o que faz mas fabula como fozes
inventa
e expande nas estradas sem esteta
a
língua que falamos com fonemas ferozes
e
de instruidor poder o poeta profeta
sibila
até mais que sabe com sílabas agridoces
em
quantos compartimentos comprime e recria
a
língua que com excesso de exéquias escrevemos
apesar
do esforço pra lhe emprestar energia
pena
não existir mas a esperança exige
o
meu povo letrado pra línguas que nem lemos
até
no meu ego escasso de esperança resiste
no
protetor poltergaiste que produzirá safiras
pro
seu povo capaz de compor das cantatas
a
única lei que vale com voz pra toda vila
é
a desta palavra por psicofonia passada
mais
a da elite escrita que um escriba reunira
que
a da plebe fugida como fumo falada
pois
daquilo que falo do meu falo pra fora
jamais
alguém me file a forma pra mim tão fácil
escreva
pra eternizar seu ego senão lhe cora
o
fracasso nem faleis da forma em que escrevo aço
pois
tão difícil dum dístico se distinguir da tora
senão seríeis mais
fumaça que o fogo que vos faço
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