quinta-feira, 2 de outubro de 2014

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a vida é combate até em canções de quetos
todavia temporária é toda em seu momento
e em qualquer vitória de vaquejada ou verso
pra sobrepujar a morte em maranhões bem moldados
em anos de alardes e alicerçadores séculos
e milênios de glória aos mais grandes galhardos
numa noite acabados no amnésico aposento 
sem suporte pra suster suas sílabas ou cálculos
pra não sei que lugar nos levam sem lamento 
as moiras nossas musas sem moral e feiosas 
e cursar com tais consortes que carregam nosso azar
é sofrimento certo sem substância em glosas 
mas à ode dúzias dúbias descem dando a dadá
as devassadas divas do dilúvio sobrevivas 
que de tamuz e cristo a cruz hão de carregar
no correr do caminho de compostela ou damasco
céticos devaneios sem dor a me desnortear
com tais formosas lassas de lábios nos quais me lasco 
antissépticos são à sílaba mais suave
e aos meus descaminhos uma dose pro deífico
uns cataclismos calmos na contagem pro auge
essas deias cobiçando minha conversão crassa
absurdíssimas e mudas com murmúrios metafísicos
a qualquer dos caminhos que seu corpo disfarça

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