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a
vida é combate até em canções de quetos
todavia
temporária é toda em seu momento
e
em qualquer vitória de vaquejada ou verso
pra
sobrepujar a morte em maranhões bem moldados
em
anos de alardes e alicerçadores séculos
e
milênios de glória aos mais grandes galhardos
numa
noite acabados no amnésico aposento
sem
suporte pra suster suas sílabas ou cálculos
pra
não sei que lugar nos levam sem lamento
as
moiras nossas musas sem moral e feiosas
e
cursar com tais consortes que carregam nosso azar
é
sofrimento certo sem substância em glosas
mas
à ode dúzias dúbias descem dando a dadá
as
devassadas divas do dilúvio sobrevivas
que
de tamuz e cristo a cruz hão de carregar
no
correr do caminho de compostela ou damasco
céticos
devaneios sem dor a me desnortear
com
tais formosas lassas de lábios nos quais me lasco
antissépticos
são à sílaba mais suave
e
aos meus descaminhos uma dose pro deífico
uns
cataclismos calmos na contagem pro auge
essas
deias cobiçando minha conversão crassa
absurdíssimas
e mudas com murmúrios metafísicos
a
qualquer dos caminhos que seu corpo disfarça
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