terça-feira, 7 de outubro de 2014

459

do passado o porvir com perjuros eu mudo                                         
mas queria mesmo o calo do cala calões calçando                                         
do porvir o passado em paquetes pelo mundo                                      
enquanto eu saiba acordado sem âncoras na alogia                                            
que dormindo detono delenda carthago mano
e quanto mais testemunhas sem temer teologias
pros crimes cometidos contra o pessoal jurídico 
melhor pra mim deveria por direito divino
todavia mesmo vendo não me veem o verídico
no meu show de horror oracular dos ossos
poucos sabem quais são surpresos co labirinto
mas minha consciência sem culpa no cartório
do acontecido antes alíquota do póstero
me honra ao extremo de era áurea espanhola
do atual comigo ando sempre andro de posto
um don juan desejoso ou donzelo quixote
mui bem acompanhado em acampamento ou alcova
e me digo quem sou de suor do sol da sorte 
sem ruga se perceber nem uma prega perdida 
um velho de milênios memorando em mídias novas
o passado de pessoas em pesadelos sem saída
e um jovem a agir seu sonho sem senado com sono
potente pro porvir perdurado a conduzir 
nas costas o cansado caduco como ônus  

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