sábado, 4 de outubro de 2014

371

quem perde sua vida nem que não valha uma velha
por outra vida ainda que de alta autoridade
merece morrer à míngua no morro da caveira
sem piedade pra provar sua pusilanimidade
após ser torturado em tragédia sem teatro
por uns doidos de pedras e pedófilos padres
nefelibata não fales da fisgada no figo
batida já em platão e a plata de pluto
interessa mais à laia do livro e eu nem ligo
nem tiro sua razão que ressurge das ruínas
dos impérios alheios absoluto anacoluto
esse hipócrita amor de alma pra alma minha
ao próximo sem mama nas mãos do mameluco
é muito mau amor sem um armo pra armadilha 
a si mesmo o misto de monstro e bendito fruto
nem a coisa em si me cabe só a coisa em mim
que sou eu mesmo de punhos pros pacientes em pilha
o nômeno fundador do fenômeno pro fim 
que no fundo se fundem por fora com pele e mente
duas das doze metades matemático me meto
da minha essência pois esta sou eu inteiramente
apesar da segunda me ser mais sedutora
pra silente e sombria sede do sujeito do meu objeto
e objeto do meu sujeito pra supernova sonora   

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