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quem
perde sua vida nem que não valha uma velha
por
outra vida ainda que de alta autoridade
merece
morrer à míngua no morro da caveira
sem
piedade pra provar sua pusilanimidade
após
ser torturado em tragédia sem teatro
por
uns doidos de pedras e pedófilos padres
nefelibata
não fales da fisgada no figo
batida
já em platão e a plata de pluto
interessa
mais à laia do livro e eu nem ligo
nem
tiro sua razão que ressurge das ruínas
dos
impérios alheios absoluto anacoluto
esse
hipócrita amor de alma pra alma minha
ao
próximo sem mama nas mãos do mameluco
é
muito mau amor sem um armo pra armadilha
a
si mesmo o misto de monstro e bendito fruto
nem
a coisa em si me cabe só a coisa em mim
que
sou eu mesmo de punhos pros pacientes em pilha
o
nômeno fundador do fenômeno pro fim
que
no fundo se fundem por fora com pele e mente
duas
das doze metades matemático me meto
da
minha essência pois esta sou eu inteiramente
apesar
da segunda me ser mais sedutora
pra
silente e sombria sede do sujeito do meu objeto
e
objeto do meu sujeito pra supernova sonora
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