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o
sonho dos meus sonhos sem sesta a me desligar
é
não ser serviçal nem servido do não-ser
na
macilenta senzala do soturno solar
nem
de um sol que saísse das sombras de mim próprio
posto
eu sem pretensão de patrão a receber
dos
vassalos viciados no vertiginoso ópio
dos
caiados casarões do criador do penhor
e
o desafio de destruir os déspotas terrestres
está
longe de acabar por haver ainda um mó
mas
com meu ínclito intento se inicia nesta data
o
desafio de destruir até déspotas celestes
baixai
crentes a crista e a cauda oligarcas
em
mons bem como são baixas vossas boas intenções
da
poupa da papoula ao populacho estrito
e
se existe o espírito é espirro nos peões
com
eldoradas patacas de paraíso e prata
não
ambiciono e abjuro o vosso avesso messias
como
ateus não ameis os avantesmas das castas
o
vosso om me ocultai de ouvidos pra sinfonias
posto
que não podeis mo presentar aos olhos
e
tentai destruir sem dó de democracia
esse
cristo irreal de irracional ideal
a
com guerras vos erguer do espírito egoico
sobre
o sonso sarcasmo de círios e natal
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