quinta-feira, 2 de outubro de 2014

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na excelentíssima arte já há uns seis mil anos
não há evolução se ecléticos enxergamos
a inteligência dum único universo humano
e o contrário palavra por palavra patamo  
em poesia me prove quem não provou dos anônimos
mas indivíduos patronos do pouco que pensamos
quem não leu manu e jó gilgamés e as gestas
as gitas e as gathas o guru e a cabala
os analectos e os ágamas o apocalipse e o avesta
o zohar e os puranas o popol e o ptahotep
os tantras e a torá o talmude e os vedas
quem não leu a sunna e os sutras os salmos e sinué
o shi o i-ching e os eddas as epístolas e a hermética
o eclesiastes e o enuma o evangelho e os profetas
os upanishads e as odes órficas e homéricas
o livro da luz e lao lie e zhuang zi do tao
pois o original se obtém pela horada vida
nunca houve ou se olvida um homem original
pras temporadas todas e pra todos os ares
só em comparação com conterrâneos coetâneos
e das quadras dos rubais com rimas regulares
dos tercetos dos haicais sem ruídos só retrato
aos sonetos se arbitra o artífice com ambos
e desejo ser tudo e mais um tanto do trato 

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