segunda-feira, 6 de outubro de 2014

421

eu aos doze anos sob deus me deduzi quem era
e aos dezenove ateu me alvoreci pro haver
e ao trintênio sobre teos por trônios e crateras
continuo no caminho cosmogônico até
o meu mim mesmo maciço de mitologias e feras
e sou o cimo de ateu admissível no abecê
em nenhum deus descrito com dúvidas acredito
ao contrário de quem crê em quatrocentos ou um só 
pra dano aos demais com dó de se danar solito 
mas me exercito e ser esta entendo a melhor maneira
pra não me portar de pária nem parar pois retrocesso 
deixar o que se deseja por donzelas brincadeiras
a senha é senhorear sobre a natureza
já me pesa pensar no possível egresso
de não ser mas me sossega o ser impossível nessas
possibilidades máximas e no mínimo da meta 
trabalho o meu tempo pra tampá-lo co sucesso
de quarenta e quatro séculos celebridade sem seitas
pra idade é essencial explorar a eternidade
o processo parado com permanência da pomba
nos excita o espírito à estreme verdade
em movimento de moinho e mutante se exigem
as evidências sóis e as circunstâncias sombras 
pra cristos vindimarmos e violentarmos virgens

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