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como
égide helênica eu ergo com argôs
o
meu templo ateu e atemporal de atos
em
mim mesmo pra vós em vivífica voz
que
de janeiro e tritão os temporais temporiza
pra
existir misticamente uma musa dos matos
de
saber seiscentista da ciência frutífera
do
meu idiomático ideal sem idiotia a pregar
sem
eu ser mercenário ou messe de mecenato
que
me auxilie na lida de laudas lavorar
sem
eu ser duma aurífica administração augusta
que
me dê pé ou mão à manha masculada
de
satírico poeta à procura de putas
porque
então é tempo de tempérie temperada
de
eu erguer meu ego das esporas das têmporas
acima
e acerca de vós a arguir sem grinaldas
de
boas ou malvadas flores mas frescas ou fedorentas
pois
créus quedam de quatro à quimera mirada
dos
faraônicos fantasmas do futuro de vendas
esse
circo quadrado caçado pelos castráti
pois
nada é à igreja improvável ou impossível
ou
o nada só é possível pros pupilos dos padres
porém
por maior que seja a sarjação ao cível
não
há forçante fé que faça um milagre
e
um milagre forçado só na fé é factível
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