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quantos
milênios dura um deus danando duro
no
cu das multidões em manutenção na malha
se
o cosmo em séculos saiu de seis bem seguros
pra
incertos doze milhões de milênios na mealha
inúmeros
insistem no infinito futuro
se
um apenas tem colhões e a conversa calha
já
outros nem milhares se são muitos maduros
mas
pra chinas chauvinistas e chove-sóis japões
da
aba pro uba urdo ser um deus prematuro
pra
todo e cada furo me faço fabulações
com
o meu olho grande de grego não gregário
com
meus fonemas fortes formando turbilhões
pra
politeístas américas e ateísmos arábios
sem
ojeriza a ogros que lhe não honrem dízimo
que
não morra solteiro nem solte sanguinários
nem
peie quem pede terreiro pro tribal tribadismo
durarei
parecido ao primordial sem pais
ao
dia inda divindade sem dormir em seu abismo
onde
ao orangotango o homem se arranja
no
mico que deu nos dois e não nos deixa em paz
nos
corpos coloridos de cada palavra arcanja
resistirei
num reich de reais milanos com lia
até
o dia derradeiro me dar sua mão laranja
e
me levar pro ventre da velha noite vazia
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