quinta-feira, 2 de outubro de 2014

189

quantos milênios dura um deus danando duro
no cu das multidões em manutenção na malha
se o cosmo em séculos saiu de seis bem seguros
pra incertos doze milhões de milênios na mealha
inúmeros insistem no infinito futuro
se um apenas tem colhões e a conversa calha
já outros nem milhares se são muitos maduros
mas pra chinas chauvinistas e chove-sóis japões 
da aba pro uba urdo ser um deus prematuro
pra todo e cada furo me faço fabulações
com o meu olho grande de grego não gregário
com meus fonemas fortes formando turbilhões
pra politeístas américas e ateísmos arábios
sem ojeriza a ogros que lhe não honrem dízimo 
que não morra solteiro nem solte sanguinários
nem peie quem pede terreiro pro tribal tribadismo
durarei parecido ao primordial sem pais
ao dia inda divindade sem dormir em seu abismo
onde ao orangotango o homem se arranja
no mico que deu nos dois e não nos deixa em paz
nos corpos coloridos de cada palavra arcanja
resistirei num reich de reais milanos com lia
até o dia derradeiro me dar sua mão laranja
e me levar pro ventre da velha noite vazia 

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