segunda-feira, 6 de outubro de 2014

426

eu só acredito em deus destruidor de degraus
depois de eu tê-lo criado sem cara nem coração
com minhas próprias mãos a medir-lhe o mal
da alçada pois sem eu nem estilo e estatais
nem mesmo ambos nós dois a deduzir mais derivas 
e eu vejo que é bom a borboleta e os boçais
e sem preço a punheta o pugilista e sua esquiva
porque de mim por mim e pra mim é tudo e mais
um pouco e tudo posso pois às porradas de shiva
me fortaleço no ringue sem roque a quem rogue
e a fonemas e fetiches é fácil criar deuses
à imagem de símio semelhança de ciborg
do criador de ocos não obstante obeliscos
basta ter fé bastante pra bastilha catequese
com telhado de vidro e voluntarista visco
espatifar os espelhos que especulam a espécie
e demasia de bobagens pras buchas dos bombardeios
introgetadas no idiota da indústria de benesses 
com sobras que vão pro lixo dar luz a linchadores
e todo e qualquer nume nu ou nunca nos veio
dos homens nem voltará aos voltívolos vetores
senão nem o seu sumo sacerdote saberia
qual a sua obra soprando em toda seita censores
pra globalização de gordos com galizia

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