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dum
samsara é parto meu poema de prevenções
uma
vida de vidas em cada verso que monto
e
em cada dessas vias meus vestígios e visões
culto
e curtidor é meu contemplador ponto
e
são tão copiosos cantos do meu crescente santo
de
tantos telescópios que em tentação não me conto
senão
a somar estrelas enquanto não escrevo
e
averbo se me convém pra convencer quem é quem
pois
meus vívidos versos sem valorizar enterro
em
erotismos suam-soam a me sair em simboladas
abastados
de adereços e anchos de recomeços
porque
repletos de réplicas e rúbricas fraudadas
de
vida e vindimas da vinícola de baco
tanto
que sem tanatos nem torás de antepasto
em
várias versões vogo e a vaguear gravo
a
autobiografia fática sem fotos de feminados
pois
da mendicante morte que medica epidemias
não
existe um fado de não foder ou fato
que
de noite me detenha por eu destemer de dia
pra
do estro escrever os estridentes fastos
da
minha laica aleluia e alegórica alegria
de
matar os mitos métricos de misticista tumor
esses
infernais íncolas e infrutificáveis fetos
da
descrença calculada pra eu ser cria e criador
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