210
estar
cala a boca de bobagens pra bonobos
dos
videntes vigários dos valores por ouro
entanto
o ser fala com fábulas de fogo
pela
boca dos cegos sondando o sumidouro
embora
desdentados e desprovidos de dedos
com
pândegas ao passado e ao presente pro ouroboros
de
garras a não ser dos símiles no seu cérebro
vibrantemente
estou vivo visível lemniscata
e
mais inda no íntimo tal itinerante cego
por
cidades e sites sonho ser no meu kata
o
falado por seu ego e este o da espécie
quando
escreve mundos da não mensurável mata
pra
quem vê vastidões na visagem que enlouquece
meu
ser não se satisfaz com somente um infinito
pois
infindos infinitos num infinito se esquecem
e
haver é mister pelo menos ou mais
pra
me entusiasmarem da eternidade que espero
inúmeros
infinitos no meu infinito pai
e
infindos a igualar-se ao indivíduo são tais meros
de
diferentes tamanhos e do talhe dos tais
quando
estou contente com seu caos e seu eros
todavia
se estou triste pois trastes ou felizardos
mais
ou menos infindos mas infinitos inteiros
como
eu i yo je io ich neste instante finado
Nenhum comentário:
Postar um comentário