quinta-feira, 2 de outubro de 2014

210

estar cala a boca de bobagens pra bonobos
dos videntes vigários dos valores por ouro
entanto o ser fala com fábulas de fogo
pela boca dos cegos sondando o sumidouro
embora desdentados e desprovidos de dedos
com pândegas ao passado e ao presente pro ouroboros
de garras a não ser dos símiles no seu cérebro
vibrantemente estou vivo visível lemniscata
e mais inda no íntimo tal itinerante cego
por cidades e sites sonho ser no meu kata 
o falado por seu ego e este o da espécie
quando escreve mundos da não mensurável mata
pra quem vê vastidões na visagem que enlouquece  
meu ser não se satisfaz com somente um infinito
pois infindos infinitos num infinito se esquecem
e haver é mister pelo menos ou mais
pra me entusiasmarem da eternidade que espero
inúmeros infinitos no meu infinito pai
e infindos a igualar-se ao indivíduo são tais meros 
de diferentes tamanhos e do talhe dos tais
quando estou contente com seu caos e seu eros
todavia se estou triste pois trastes ou felizardos
mais ou menos infindos mas infinitos inteiros
como eu i yo je io ich neste instante finado

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