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o
bem e o melhor na medida do maior
estarão
só no passado peça em mão de pirralho
que
persiste permutada no porvir do senhor
quando
eu for passado e os presentes num papo
me
sentirem ou não sei e nunca serei nota
um
meteoro na memória da matéria em cacos
a
guarda-vidas por vesgos vidros de nós seus veres
e
é em pessoa a morte nos mostruários da moda
o
esquecer embranquecendo os ébanos caracteres
mas
sem ter um tostão pra trocar espero ainda
que
me lembrem nas lojas dos livres pra dar seres
enquanto
ela lida a lustrar com luto a vida
morreste
e não morremos é um magno costume
e
todos morreremos numa manhã sem mamas
não
por não entendermos estrelas ou estrumes
nas
nuvens ou noticiários que sem noção nós lemos
sinais
do tempo como sem cortes em qualquer palma
viveste
e nós víamos mas vida é um nem lembro
sim
porque sempre sim senão já é decadente
mas
nem todos vivemos valei-me viracocha
nem
todos escrevemos estiagens ou enchentes
o
que achamos das aves doutras abertas coxas
sem
asas nem servidão mas servirão supérstites
pra
provar que em poetas de paz não éramos trochas
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